quinta-feira, 23 de abril de 2009

Parte 1

Exactly when the ball began Leila would have found it hard to say. Perhaps her first real partner was the cab. It did not matter that she shared the cab with the Sheridan girls and their brother. She sat back in her own little corner of it, and the bolster on which her hand rested felt like the sleeve of an unknown young man's dress suit; and away they bowled, past waltzing lamp-posts and houses and fences and trees.
"Have you really never been to a ball before, Leila? But, my child, how too weird—" cried the Sheridan girls.
"Our nearest neighbour was fifteen miles," said Leila softly, gently opening and shutting her fan.
Oh dear, how hard it was to be indifferent like the others! She tried not to smile too much; she tried not to care. But every single thing was so new and exciting... Meg's tuberoses, Jose's long loop of amber, Laura's little dark head, pushing above her white fur like a flower through snow. She would remember for ever. It even gave her a pang to see her cousin Laurie throw away the wisps of tissue paper he pulled from the fastenings of his new gloves. She would like to have kept those wisps as a keepsake, as a remembrance. Laurie leaned forward and put his hand on Laura's knee.
"Look here, darling," he said. "The third and the ninth as usual. Twig?"
Oh, how marvellous to have a brother! In her excitement Leila felt that if there had been time, if it hadn't been impossible, she couldn't have helped crying because she was an only child, and no brother had ever said "Twig?" to her; no sister would ever say, as Meg said to Jose that moment, "I've never known your hair go up more successfully than it has to-night!"
But, of course, there was no time. They were at the drill hall already; there were cabs in front of them and cabs behind. The road was bright on either side with moving fan-like lights, and on the pavement gay couples seemed to float through the air; little satin shoes chased each other like birds.


(Feita por Marcos)Exatamente quando o baile começou Leila teria achado difícil precisar. Talvez seu primeiro parceiro de fato tivesse sido o carro(?). Era irrelevante que ela tivesse compartilhado o carro com as Sheridan e o irmão delas. Sentou-se no seu pequeno canto, e o estofamento em que sua mão repousava lhe estimulava o tato como se fosse o tecido da manga do terno de um rapaz desconhecido; e adiante seguiram, ao longo de valseantes postes e casas e cercas e árvores.

“Voce realmente nunca foi a um baile antes, Leila? Mas, minha pequena, que coisa mais incrível-“ ralhou as Sheridan.
“Nosso vizinho mais próximo estava a quinze milhas”, disse Leila suavemente, delicadamente abrindo e fechando seu leque.

Oh, Deus, como era difícil manter-se indiferente como as outras! Ela tentou não sorrir demais; ela tentou não se importar. Mas tudo lhe era tão novo e estimulante... As angélicas de Meg, a longa presilha de âmbar de Jose, a cabecinha escura de Laura emergindo do casaco de pele branco tal qual uma flor surgindo na neve. Ela se lembraria para sempre. Até lhe causou uma pontada ver seu primo Laurie jogar fora os pedacinhos de lenço de papel que ele retirara do fecho de suas luvas novas. Ela gostaria de ter guardado aqueles pedacinhos de papel como uma lembrança, como uma recordação. Laurie se inclinou para a frente e pôs sua mão sobre o joelho de Laura.

“Olhe aqui, querida”, ele disse. “A terceira e a nona como sempre. Captou?”


Oh, que maravilhoso ter um irmão! Em sua exaltação, Leila pressentiu que se houvera tempo, se não tivesse sido impossível, ela não teria contido o choro porque ela era filha única, e irmão algum jamais houvera dito “Captou?” a ela; irmã alguma jamais lhe diria, como Meg disse a Jose naquele momento, “Jamais vi o seu cabelo tão bem arrumado como hoje à noite!”


Mas, obviamente, não havia tempo. Eles já estavam junto ao salão de bailes; havia carros à frente e atrás. A rua estava iluminada em ambos os lados com luzes se movendo agitadas, e na calçada, casais alegres pareciam flutuar no ar; sapatinhos de cetim perseguiam um ao outro como passarinhos.(Feita por Marcos)


Domingo, 26 de Abril de 2009
tradução primeira parte - Mariana

Leila teria achado difícil de dizer exatamente quando o baile começou. Talvez seu primeiro parceiro de verdade tivesse sido o carro. Não importava que ela o dividira com as Sherridan e o irmão delas. Ela recostava-se no seu próprio cantinho dele, e o descanso onde sua mão estava parecia a manga do terno de algum desconhecido; e lá se foram, passando por postes dançantes e casas e cercas e árvores.

“É verdade que você nunca foi a um baile antes, Leila? Mas, minha cara, que estranho –” exclamaram as Sheridan.

“Nosso vizinho mais próximo ficou a 15 milhas daqui,”disse Leila suavemente, gentilmente abrindo e fechando seu leque.

Ó céus, como era difícil ser indiferente como os outros! Ela tentava não sorrir demais; ela tentava não se importar. Mas tudo era tão novo e emocionante... O arranjo da Meg, o longo laço amarelo de Jose, a cabecinha negra de Laura aparecendo acima da sua pela branca como uma flor através da neve. Ela se lembraria para sempre. Até deu uma pontada ver seu primo Laurie jogar fora as aparas do lenço de papel que ele puxou da abotoadura das suas luvas novas. Ela teria gostado de manter aquelas aparas como uma lembrança, uma recordação. Laurie se inclinou para frente e apoiou suas mãos no joelho de Laura.

“Olhe aqui, querida,” ele disse. “A terceira e a nona como sempre. Twig?”

Ó, que maravilhoso ter um irmão! Na sua excitação Leila sentia que se houvesse tido tempo, que se não tivesse sido impossível, ela não poderia conter as lágrimas porque ela era filha única, e nunca um irmão teria dito “Twig?” a ela, ou nunca uma irmã teria dito, como Meg disse a Jose naquele momento, “Eu nunca vi seu cabelo em um penteado tão bem feito como o de hoje à noite”.

Mas claro, não havia tempo. Eles já estavam na entrada; havia carros na frente deles e carros atrás. A rua estava brilhante dos dois lados e as luzes que se moviam rapidamente, e na calçada alegres casais pareciam flutuar no ar; pequenos sapatinhos de cetim perseguiam uns aos outros como pássaros. (Mariana)

3 comentários:

  1. gostei, marcos.
    coisas que eu mudaria:
    "e o estofamento em que sua mão repousava lhe estimulava o tato como se fosse o tecido da manga do terno" (eu acho q o texto original não é tão preciso...)
    "ralhou as Sheridan" (acho ralhar meio forte, não sei)
    "As angélicas de Meg" (não que esteja ruim, mas eu achava q uma palavra neutra ficava melhor.. algo tipo "arranjo")

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  2. quem comentou aí em cima foi mariana castelli

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  3. O PRIMEIRO BAILE

    No momento em que o baile começou, Leila teria achado difícil de dizer. Talvez seu
    primeiro parceiro de verdade fosse seu carro. Não importava que ela dividisse o coche com
    as Sheridans e seu irmão. Ela sentou-se num cantinho todo seu e o coxim sobre o qual sua
    mão repousava parecia a manga do terno de um desconhecido. E à distância eles se
    cumprimentaram, passando pelas lamparinas dos postes, pelas casas, pelas cercas e pelas
    árvores.
    - Nunca estiveste num baile antes, Leila? Nossa, minha menina, que estranho! bradaram
    as Sheridans.
    - Nosso vizinho mais próximo está a quize milhas, disse Leila, suavemente abrindo e
    fechando seu leque.
    Ó céus, como era duro ser indiferente como os outros! Ela tentou não sorrir muito, não se
    importar. Mas cada coisa era tão nova e empolgante... As tuberosas de Meg, o laço de
    âmbar comprido de Jose, a cabecinha escura de Laura, empurrando seu casaco de peles
    como uma flor sob a neve. Ela se lembraria para sempre, inclusive com uma pontada de
    angústia quando seu primo Laurie jogou fora as tiras de papel da presilha de suas luvas
    novas. Gostaria de ter guardado essas tiras como suvenir, como lembrança. Laurie
    inclinou-se para frente e colocou a mão no joelho de Laura.
    - Olhe aqui, querida - disse ele. A terceira e a nona como de costume; Twig?
    Ó, como é bom ter um irmão! Na sua empolgação Leila sentiu que se houvera tempo, se
    não fora impossível, não teria evitado de chorar por ser filha única e nenhum irmão jamais
    lhe dissera “Twig”. Nenhuma irmã jamais diria, assim como Meg disse a Jose naquele
    momento “nunca vi seu cabelo subir assim tão bem como esta noite!
    Mas, lógico, não havia tempo. Já estavam no drill hall; havia coches à sua frente e atrás.
    A avenida brilhava com seus faróis e na calçada alegres pares pareciam flutuar no ar.
    Sapatinhos de cetim tocavam uns nos outros como pássaros. (Cássio)

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